Morangos sadios ao lado de frutos com sintomas de antracnose, mostrando a diferença entre frutos vermelhos e brilhantes e morangos com manchas escuras, afundadas e apodrecidas.

Antracnose no morango: 5 Estratégias infalíveis para proteger sua safra em 2025

Cultivo e Manejo

A antracnose no morango é uma ameaça crescente que pode dizimar até 70% da produção, especialmente em regiões úmidas. Causada pelo fungo Colletotrichum essa doença compromete frutos, folhas e raízes, gerando prejuízos milionários. Em 2025, com mudanças climáticas intensificando condições favoráveis ao fungo, proteger sua safra nunca foi tão crucial. Este artigo apresenta cinco estratégias práticas e eficazes para combater a antracnose, mantendo sua produção de morangos saudável e lucrativa.

Como agrônomo especializado em morangos, reuni técnicas baseadas em estudos recentes e práticas de campo testadas. Além de prevenir a doença, essas estratégias ajudam a fortalecer as plantas contra outros patógenos, como a podridão cinzenta. Continue lendo para descobrir como salvar sua safra e garantir morangos de qualidade para o mercado.

O que é a antracnose no morango e por que ela preocupa?

Comparação entre folhas de morangueiro sadias e folhas atacadas pela antracnose, com manchas amareladas, marrons e áreas necrosadas.
Folhas de morangueiro sadias e folhas com sintomas de antracnose, evidenciando manchas e necrose provocadas pela doença.

A antracnose é uma doença fúngica que ataca morangos em todas as fases do cultivo, desde mudas até frutos maduros. Os sintomas incluem lesões escuras nos frutos, manchas nas folhas e apodrecimento das raízes, muitas vezes confundidos com outras doenças como a mancha foliar. Em condições de alta umidade e temperaturas entre 20°C e 30°C, o fungo se espalha rapidamente, destruindo safras inteiras em semanas.

O impacto econômico da antracnose é alarmante, especialmente para pequenos e médios produtores. No Brasil, onde o morango é cultivado em estados como Minas Gerais e São Paulo, surtos recentes custaram milhões em perdas. Com a previsão de chuvas mais intensas em 2025, a doença pode se tornar ainda mais devastadora, exigindo ação imediata dos agricultores.

Estratégia 1: Escolha de cultivares resistentes

Selecionar cultivares de morango resistentes à antracnose é a primeira linha de defesa. Variedades como ‘Camarosa’ e ‘Albion’ mostram maior tolerância ao fungo, reduzindo a incidência de infecções. Pesquisas da Embrapa indicam que essas cultivares mantêm produtividade mesmo em condições adversas, desde que manejadas corretamente.

Além da resistência genética, é essencial adquirir mudas certificadas de viveiros confiáveis. Mudas infectadas são uma das principais fontes de disseminação da antracnose. Ao investir em cultivares robustas e mudas sadias, você reduz os riscos e os custos com fungicidas, garantindo uma safra mais segura e sustentável.

Estratégia 2: Manejo integrado do solo

Close em morangos com sintomas avançados de antracnose, apresentando grandes áreas escuras, afundadas e sinais de podridão.
Morangos gravemente afetados pela antracnose, com lesões marrons e tecido necrosado.

O solo é um reservatório natural do fungo Colletotrichum, que pode sobreviver por anos em restos culturais. Práticas como rotação de culturas com plantas não hospedeiras, como milho ou feijão, ajudam a quebrar o ciclo do patógeno. Incorporar matéria orgânica bem decomposta também melhora a drenagem, reduzindo a umidade que favorece a antracnose.

Outra técnica eficaz é a solarização do solo, que consiste em cobrir o solo com plástico transparente durante o verão para elevar a temperatura e eliminar patógenos. Estudos mostram que a solarização pode reduzir em até 80% a população de fungos no solo. Combine essas práticas com análise regular do solo para corrigir pH e nutrientes, fortalecendo as plantas contra infecções.

Estratégia 3: Controle de umidade e irrigação inteligente

A umidade excessiva é o principal gatilho para surtos de antracnose no morango. Sistemas de irrigação por gotejamento são ideais, pois mantêm as folhas e frutos secos, dificultando a germinação dos esporos do fungo. Evite irrigar nas horas mais quentes do dia, quando a evaporação é alta, e monitore a umidade do solo com sensores para evitar excessos.

O uso de cobertura plástica (mulching) ao redor das plantas também reduz o contato dos frutos com o solo úmido, diminuindo infecções. Essa prática, combinada com boa ventilação entre as linhas de plantio, cria um microclima menos favorável ao fungo. Em 2025, com previsões de chuvas intensas, essas medidas serão indispensáveis para proteger sua safra.

Estratégia 4: Aplicação estratégica de fungicidas

Folha de morangueiro com pequenas manchas escuras e fruto de morango com grande lesão escura e afundada, sintomas típicos da antracnose.
Sintomas de antracnose em folha e fruto de morangueiro, mostrando a diversidade de danos causados pelo fungo.

Fungicidas são uma ferramenta importante, mas devem ser usados com critério para evitar resistência do fungo. Produtos à base de azoxistrobina e captan são recomendados, com aplicações preventivas antes de períodos chuvosos. Sempre siga as doses indicadas e alterne princípios ativos para prolongar a eficácia dos tratamentos.

Além disso, é crucial respeitar o período de carência dos fungicidas, especialmente em morangos destinados ao consumo in natura. Treine sua equipe para aplicar os produtos corretamente, usando equipamentos calibrados. Combinar fungicidas com biofungicidas, como os baseados em Bacillus subtilis, pode aumentar a proteção e reduzir o impacto ambiental.

Estratégia 5: Monitoramento e diagnóstico precoce

O monitoramento regular do cultivo é essencial para detectar a antracnose antes que ela se espalhe. Inspecione semanalmente folhas, frutos e coroas das plantas, procurando manchas escuras ou apodrecimento. O uso de aplicativos de agricultura de precisão, como os que analisam imagens de plantas, pode ajudar a identificar sintomas precocemente.

Se houver suspeita de antracnose, envie amostras para laboratórios especializados em fitopatologia. Um diagnóstico preciso evita tratamentos desnecessários e permite agir rapidamente. Treinar trabalhadores para reconhecer os sinais da doença também agiliza a resposta, minimizando perdas e mantendo a qualidade da safra.

Por que agir agora é crucial para 2025?

As mudanças climáticas estão intensificando as condições ideais para a antracnose, com verões mais quentes e úmidos previstos para 2025. Dados da FAO mostram que doenças fúngicas em cultivos como o morango podem aumentar em 30% nos próximos anos. Proteger sua safra agora significa evitar prejuízos e manter a competitividade no mercado.

Além disso, consumidores estão cada vez mais exigentes quanto à qualidade e sustentabilidade dos alimentos. Morangos livres de doenças e resíduos químicos têm maior valor comercial. Implementar essas cinco estratégias não só combate a antracnose, mas também fortalece sua operação para enfrentar outros desafios agrícolas.

Conclusão: Proteja sua safra e garanta o f PPuturo

A antracnose no morango é uma ameaça séria, mas não imbatível. Com cultivares resistentes, manejo integrado do solo, controle de umidade, uso estratégico de fungicidas e monitoramento constante, é possível proteger sua safra e garantir morangos de alta qualidade em 2025. Como agrônomo, reforço: a prevenção é sempre mais barata que a correção.

Não espere os primeiros sinais da doença para agir. Comece a implementar essas estratégias hoje e transforme desafios em oportunidades. Sua safra e seu bolso agradecerão.

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